domingo, 3 de dezembro de 2017

Consumo Consciente da Moda

Por: Mayara Santos

Imagem: raphaelautran.com.br



O consumo ocorre de forma veloz, a cada instante compramos algo novo e descartamos algo considerado inutilizável. Atualmente utilizamos mais de 50% da capacidade do planeta Terra, em 8 meses a humanidade consumiu todos os recursos naturais que o planeta é capaz de produzir. Segundo informações da Global Footprink Network seriam necessários 1,5 planeta para produzir recursos ecológicos necessários e suportar a atual pegada mundial.A necessidade de responsabilidade consumo dos recursos naturais se faz urgente. Mas como? A partir da alteração de comportamento e hábitos na forma de consumir energia, alimentos, cosméticos e vestimenta.


O setor com maior incidência de poluição é a indústria da moda, se você usa roupas de malhas de poliéster, por exemplo, fique sabendo que é a fibra que mais usada na indústria têxtil, segundo especialista, cerca de 70 milhões de barris de petróleo são usados para a produção desta fibra que demora mais de 200 anos para se decompor.


Recursos Sacrificados Pela Fast Fashion


O movimento Fast Fashion, moda rápida, acaba sendo o maior impulsionador de consumo acelerado, sem perceber os processos que circundam a produção de uma peça com baixa qualidade e alto valor. A lógica deste movimento proporciona a falsa sensação de economia e desencadeia uma série de desperdícios aos recursos naturais, produção desenfreada de lixo e desvalorização da mão de obra.
O lado positivo é a rotatividade da moeda no país e geração de empregos formais e informais nas cidades.


E contra ponto temos o movimento SlowFashion, que nos dá alternativas de consumo consciente trazendo para o conceito de valorização dos processos que aquela passou para chegar até a loja e ter seu devido valor com ponto de relevância; identificando que linhas ideológicas fortalecem através do consumo daquele produto.
De acordo com especialistas, a mudança começa a partir da desconstrução de alguns preconceitos e compreensão do conceito de consumo consciente da moda, a dica mais embricada em seu discurso é o local de compra das pessoas, como frequentar um brechó.

Conheça 3 motivos sobre Consumo Consciente da Moda:


1 – Exclusividade
As peças encontradas em um brechó são únicas ou foram produzidas em baixa escala, dependendo do tipo de brechó você encontra peças cada vez mais exclusivas e com preço acessível.

2 – Qualidade
Ao contrário da Fast Fashion, esta modalidade de consumo no dá peças e objetos com maior resistência ao tempo, tecidos com qualidade alta justamente por durar vários anos.

3 – Valorização do Processo
Quando falamos de valorização de algo não necessariamente falamos de preço, mas ele também o compõe. A partir do momento que você paga “x” valor em uma peça você fortalece a marca, a forma de produção desta marca e o mesmo ocorre para um brechó ou bazar você alavanca a ideia de consumo consciente e ajuda as pessoas que participam dos processos daquele modelo.

Dica extra: O blog Economia Sem Dúvidas recomenda que você conheça e valorize ainda mais as costureiras, o trabalho destas pessoas é de extrema importância e por muitas vezes é negligenciado pela indústria massiva da moda e pelos consumidores inconscientes e consumo de marca sustentáveis investindo em produtos que sigam de acordo com o posicionamento ideológico que você acredita e rege a história vivida pelo indivíduo. 


quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Durante a Black Friday Economizei ou Não?

por Mayara Santos


Foto: Leonardo Benassatto/Futura Press/Estadão Conteúdo
Estamos quase no final do ano e já começou a temporada de ofertas em todo o país. A mais famosa delas é a Black Friday, realizada na última sexta-feira do mês de novembro e com descontos que chegam até 80%. A Black Friday é maior ação de vendas e ofertas anual, aguardada por lojista e consumidores. Mas pelo nome você deve ter percebido que não é invenção brasileira, né? Este grande evento para o setor comercial nasceu nos Estados Unidos ocorrendo principalmente no período após as festas de ações de graça, essa atividade serve para limpar os estoque antigo encontrados em loja e inicia a temporada de compras de Natal.

A prática da Black Friday no Brasil começou em 2010, neste ano apenas e-commerce (lojas on-line) participaram, o retorno foi positivo e ganhou proporções gigantescas. De acordo com Ebit o evento teve crescimento de 10,3% em comparação como a Black Friday de 2016, registrando faturamento de 2, 1 bilhões para o e-commerce. Neste ano foi identificado baixa na quantidade de pedidos realizados, para impulsionar as vendas os varejista deram inicio aos descontos ainda na quinta-feira (23) e assim garantir o seu público. "Para atrair o consumidor, os varejistas fizeram ações promocionais mais agressivas nas categorias de maior valor agregado, que são as mais consumidas no e-commerce e isso refletiu no gasto médio", explica Pedro Guasti, CEO da Ebit.

Mas afinal, durante a Black Friday você economizou ou não?

Se você optou por realizar compras pelo e-commerce, sim! As vendas nas lojas físicas cresceram 4,9% em todo o país, abaixo dos 11% registrados no mesmo período de 2016, a informação é do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. Em contra ponto as reclamações tem sido maior para lojas on-line, em primeiro lugar está a loja Americanas.com, outras lojas com alto índice de reclamações podem ser encontradas no site do ReclameAqui.

Podemos resumir o motivo das reclamações em: Preços divergentes; demora na entrega do produto, problemas ao gerar pedidos; e pedidos cancelados ou sem estorno do valor pago pelo cliente.

Para evitar dor de cabeça em eventos de Ações Promocionais como Black Friday segue 5 dicas para te ajudar a comprar sem susto:

1. Analisar com antecedência os preços dos produtos que você deseja comprar, assim você já evita cair na armadilha de falsas ofertas e identifica se o desconto dado na Ação Promocional é válida ou se é fraude.

2. Para compras em e-commerce verificar se o site contem informações como CNPJ, contato telefônico, e-mail e endereço completo; esses dados valida o site oficial da loja que você deseja realizar a compra.

3. Pesquisar a reputação da loja, assim você evita de comprar em lojas que não proporcionam excelência no serviço ou produto disponibilizado, site como Zoom ou Reclame Aqui serve para investigar as lojas virtuais ou físicas com má reputação.

4. Nunca usar Wi-Fi público, desta forma você evita de sofrer invasão ou roubo de dados.

5. Desconfie de ofertas muito vantajosas, pode existir várias condições incabíveis ou até mesmo taxas cobradas de forma arbitrária.




quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Novas Regras Para Importação

O novo sistema promete redução de até 10 dias no prazo de entrega

por Laryssa Bonifácio

Imagem: blog.correios.com.br

O Natal está chegando e com ele, amigos secretos e listas de presentes. Quem pensar em comprar produtos importados seja para presentear, para uso pessoal ou revenda irá se deparar com um novo sistema de importação dos Correios.

A plataforma Minhas Importações foi lançada no dia 25 de outubro pelos Correios em conjunto com a Receita Federal. A proposta é de que com a implementação do Novo Modelo de Importação no país, seja mais fácil a integração entre os dois órgãos simplificando o processo aduaneiro. Com o novo sistema  será possível reduzir em até 10 dias  o recebimento de mercadorias importadas que atualmente é de 40 dias.

Além da redução no prazo de entrega o consumidor receberá uma carta avisando sobre a necessidade do cadastro no Portal do Importador. Lá poderá pagar por cartão de crédito ou boleto através da internet o valor da taxa de 60%, cobrado sobre as mercadorias compradas em sites no exterior. Após a compensação irá receber a correspondência no endereço declarado para entrega. No modelo antigo o destinatário recebia uma carta com aviso para pagamento da taxa de tributação, sendo necessário se dirigir até uma agência dos correios e efetuar pagamento só então poderia fazer a retirada do produto.

Mesmo com melhorias oferecidas, o serviço não foi bem visto por alguns consumidores. "Do ponto de vista do  tempo para a entrega a ação é positiva por que as encomendam chegarão mais rápido. Por outro lado achei negativa pois agora tudo será taxado em 60% sobre o valor, essa taxa é abusiva. Vejo isso como uma forma de nos obrigarem a comprar dentro do país", afirmou Lorrany Rodrigues que costuma comprar em sites estrangeiros como Ali express.

As compras vindas do exterior sempre foram taxados só que por amostragem, um processo que gerava insatisfação devido ao valor cobrado. O desembaraço de 200 mil volumes ao dia era feito manualmente dificultando uma cobrança satisfatória. Agora os impostos poderão ser calculados com maior transparência pois o sistema receberá um informativo da empresa onde a compra foi realizada com a descrição do produto.

Continuam sem taxa os envios realizados de pessoa física para pessoa física no valor de até US$ 50 já as encomendas de empresas para pessoa físicas recebem tributação de 60% mais o imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). De acordo com a legislação também estão isentos livros, jornais, revistas e periódicos , não serão cobrados medicamentos desde que o valor não ultrapasse  US$ 10 mil e seja enviada uma cópia da receita médica através do Portal do Importador, que encaminhará o documento à Anvisa.

No modelo antigo as compras a partir de U$$ 500 até U$$ 3 mil, tinham o pagamento do imposto feito presencialmente em uma agência através de uma guia emitida pelos Correios. Os valores acima de US$ 3 mil não podiam mais ser importados pela empresa. Agora todas as importações mesmo acima de U$$ 3 mil podem ser feitas e entregues no endereço do destinatário. Após a primeira compra o consumidor sempre será avisado pelo rastreamento de mercadorias dos Correios sobre a cobrança do imposto.

O serviço já é uma realidade e está disponível no site dos correios www.correios.com.br o acesso pode ser feito na opção 
Acesso ao idCorreios no canto superior direito da página.





Saiba tudo sobre o seu 13º

Data limite para pagamento da primeira parcela é até 30 de novembro

por Laryssa Bonifácio

Foto: http://portalmorada.com.br

Com a chagada dos últimos meses do ano grande parte dos brasileiros fica ansiosa pelo recebimento do 13º salário. O pagamento é usado muitas vezes para sanar dívidas, complementar a renda familiar para as comemorações de natal e réveillon, ou até mesmo para fazer aquela compra nas liquidações de ano novo.

O benefício é um direito do trabalhador com carteira assinada, após completar 15 dias de serviço. O pagamento é assegurado e regido por regras determinadas pela Lei Federal  nº 4090/62 , Lei Federal nº 4.749/65 e regulamentado pelo decreto nº 57.155/65.  Amanhã é a data limite para pagamento da primeira parcela, confira as regras e tire suas dúvidas:

Por determinação da Lei 4.749 o pagamento da gratificação deve ser realizado em duas parcelas onde a primeira deve ser paga até o dia 30 de novembro e a segunda até o dia 20 de dezembro.  Se a data de pagamento cair num domingo esse deverá ser antecipado pelo empregador para o último dia útil trabalhado antes dessa data. O funcionário também poderá solicitar adiantamento do 13º a ser pago com as férias.

O valor da primeira parcela é equivalente a metade  do último salário recebido sem deduções. Os descontos de imposto de renda (IR), contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e pensão alimentícia devem ser destituídos da segunda parcela, por isso ela é menor.

Tem direito a receber todo trabalhador com carteira assinada, domésticos, rurais, urbanos ou avulsos; funcionários afastados por auxílio-doença ou acidente de trabalho, onde  os meses de afastamento são pagos pela Previdência Social e os demais pelo empregador. Funcionárias em licença maternidade, trabalhadores em caráter de experiência, aposentados e pensionistas do INSS também tem direito ao pagamento.

Em caso de demissão o valor deverá ser pago na rescisão de contrato nas situações em que o desligamento se dê sem justa causa, pedido de dispensa ou fim de contrato por tempo determinado e aposentadoria, o valor deverá ser proporcional aos meses em serviço. Os empregados demitidos por justa causa perdem o direito ao benefício.

O cálculo é feito a partir da divisão do salário do trabalhador por doze (quantidade de meses em um ano) e multiplicado pelo número de meses trabalhados. Também entram na conta horas extras, pagamento de insalubridade e comissões adicionais. Como é feita a partir do salário recebido no mês se houver aumento o valor base será o atualizado.

É importante lembrar que apesar das alterações realizadas nas Consolidações das Leis trabalhistas (CLT) pela nova reforma, em vigor desde o dia 11 de novembro, o 13º salário não será impactado. Com isso caso o empregador atrase o pagamento ou não pague o benefício o funcionário deverá procurar seu sindicato, ou realizar denúncia junto a Superintendência Regional do Trabalho, órgão responsável por fiscalizar essa irregularidade.  Essa infração gera multa ao empregador no valor de R$ 170,25 por funcionário, e deverá ser dobrada caso se repita.

Veja os principais descontos na segunda parcela do 13º:

Fonte: exame.com.br


Lojistas otimistas


Não são só os trabalhadores que vislumbram as vantagens do 13º salário. Com o pagamento da gratificação e a proximidade das festas de fim de ano os lojistas veem no benefício a possibilidade de aumento nas vendas e o termino do ano com o caixa em alta.

O otimismo se deve a estimativa de que R$ 200 bilhões serão injetados na economia brasileira até dezembro de 2017. O cálculo é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), serão aproximadamente 83,3 milhões de trabalhadores beneficiados, número 0,4% maior do que no ano anterior.

A estimativa é baseada em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).  Os cálculos foram realizados sem levar em consideração trabalhadores autônomos, assalariados sem carteira assinada entre outros que recebam algum tipo de abono de fim de ano.

A projeção otimista  do comércio se deve também ao comportamento de compra do consumidor nessa época do ano. "Vou usar o dinheiro para realizar algumas compras e fazer uma viagem no fim do ano", disse Dayane Emídio uma das consumidoras que movimentarão a economia em Pernambuco até Dezembro.


Os artigos mais procurados geralmente são vestuário, calçados e até mesmo alimentos para garantir uma mesa farta nas últimas festividades antes da chegada de 2018.



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